Deus conhece as nossas necessidades, e as provê segundo o necessário; mas o homem, insaciável em seus desejos, não sabe sempre se contentar com o que tem; o necessário não lhe basta, lhe é preciso o supérfluo; é então que a Providência o deixa entregue a si mesmo; frequentemente é infeliz por sua culpa e por ter desconhecido a voz que o advertia na sua consciência, e Deus o deixa sofrer as consequências, a fim de que isso lhe sirva de lição para o futuro.
A Terra produzirá bastante para alimentar todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar os bens que ela dá, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo; quando a fraternidade reinar entre os diversos povos, como entre as províncias de uma mesma nação, o supérfluo momentâneo de um suprirá à insuficiência momentânea do outro, e cada um terá o necessário. O rico, então, se considerará como um homem que tem uma grande quantidade de sementes; se as espalha, elas produzirão ao cêntuplo para ele e para os outros; mas se ele come essas sementes sozinho, e as esbanja deixando perder-se o excesso daquilo que comer, não produzirão nada, e não bastarão para todo mundo; se as guarda em seu celeiro, os vermes as comerão; por isso Jesus disse: "Não ajunteis tesouros na Terra, que são perecíveis, mas formais tesouros no Céu, porque são eternos. Em outros termos, não devemos ligar, aos bens materiais, mais importância do que aos bens espirituais, e teremos que saber sacrificar os primeiros em proveito dos segundos. (O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Cap. XXV, itens 7 e 8)
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